Tânia Goldbach, Charbel Niño El-Hani
Este artigo discute o uso de metáforas em revistas de divulgação científica para referir-se a genes e seu papel nos sistemas vivos. Abordamos também a apropriação destas metáforas por pesquisadores e por estudantes e professores de escolas de ensino médio do Rio de Janeiro. Elas são discutidas à luz de dificuldades do ensino de genética e da abordagem do conceito de gene na literatura filosófica. Estas metáforas buscam esclarecer aspectos funcionais e estruturais dos genes, mas suscitam dificuldades para a compreensão dos genes e de sua relação com sistemas vivos. Assim, elas precisam ser usadas com cuidado e algumas, como „programa‟, „manual de instruções‟, „código‟, devem ser evitadas. Elas estão, afinal, intimamente relacionadas ao determinismo genético, que tem conseqüências políticas, sociais, econômicas e éticas importantes. Entre as metáforas analisadas, „mensagem‟ parece ser mais adequada, mas demanda uma teoria da informação biológica, ainda não-disponível na biologia, para que seu significado seja claramente explicado
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