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Hibridismo cultural: o imaginário europeu na construção da sexualidade feminina do primeiro século de colonização brasileira

  • Autores: Anne Caroline Mariank Alves Scalia, Paulo Rennes Marçal Ribeiro
  • Localización: Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, ISSN-e 1982-5587, Vol. 6, Nº. 1, 2011, págs. 106-115
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • O objetivo deste trabalho é investigar e analisar as concepções acerca da sexualidade e de comportamentos e condutas sexuais femininas, formados a partir da incorporação de informações e valores adquiridos sob o olhar, regras e relações estabelecidas com as orientações do Santo Ofício Inquisitorial em sua visita ao Brasil no final do século XVI. É uma pesquisa de cunho histórico em que utilizamos como metodologia a pesquisa exploratória e bibliográfica. No século XVI aumenta a pressão da Igreja para mudar os costumes sexuais que eram livres na Idade Média, fato que influencia as regras e normas que serão adotadas pelo Santo Ofício no tocante à vida sexual das pessoas. A primeira estrutura sexual brasileira foi pautada na aliança entre índios e colonizadores, o que levou a adoço, por parte dos portugueses, dos costumes da terra, que incluíam práticas sexuais livres, já que os indígenas estavam fora da influência cristã. Reforçados pela ausência de mulheres brancas, os colonizadores tomavam para si mulheres da terra, geralmente mais de uma, criando confronto com os jesuítas que condenavam a poligamia indígena. É neste contexto que, em 1591, desembarca em terras brasileiras Heitor Furtado de Mendonça e, com ele, a Primeira Visitação do Santo Ofício, para investigar, argüir, devassar ânimos e comportamentos, descobrir a verdade dos fatos, enfim, para demonstrar os erros da fé e puni-los com o rigor da lei eclesiástica. Sua passagem abre-nos vestígios para a visualização da sexualidade vigente no “trópico”: um universo misóginoracista em que negras da terra e mulheres degradadas podiam ser submetidas aos desejos do homem branco, com as quais podia copular a vontade. Sozinhas e esquecidas, as mulheres da Colônia não encontraram margem para denunciar ou se expressar e eram estigmatizadas pelo olhar dos viajantes e cronistas que por aqui passaram.


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