Com a perspectiva de que os processos de formação de professores são constituições sociais e históricas, cuja temática é foco de pesquisas atuais efetivadas nas últimas décadas, este artigo propõe-se a identificar e discutir o perfil de professores que atuam na Educação Infantil em turmas de crianças com ou sem deficiência. Participaram do estudo vinte e seis professores (especialistas e regentes) atuantes em um município do interior paulista. Para a produção de dados, os participantes responderam uma entrevista, cujos resultados obtidos demonstram indícios para refletirmos sobre a formação inicial e continuada de professores, o tempo de experiência dos profissionais entrevistados e o impacto desses fatores no processo de formação docente para e na prática educativa em turmas de crianças pequenas. Os dados encontrados demonstraram que os profissionais entrevistados possuem formação em Pedagogia, sendo que a maioria dos professores especialistas possui pós-graduação em Educação Especial, de forma generalista e/ou por área de deficiência/transtorno, já os professores regentes possuem formação prevalentemente voltada à psicopedagogia. Além disso, os entrevistados revelaram que a carga horária de trabalho inviabiliza a formação continuada; outro ponto a ser destacado foi que os professores regentes relataram dificuldade em ensinar a criança com deficiência, por não terem formação adequada.
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