Os esforços para melhorar a qualidade do ensino público no país ressentem-se da ausência de um mapeamento mais preciso dos condicionantes da possibilidade e capacidade social e política para tanto. A partir de uma breve apresentação dos principais programas educacionais lançados nas últimas décadas (EDURURAL, Ciclo Básico, Jornada Única, CIEPs, PROFIC, CIACs), voltados principalmente às populações das periferias urbanas e zonas rurais, este artigo analisa como tais inovações foram afetadas tanto pelo funcionamento de variáveis endógenas ao próprio sistema educacional, como por características que marcam a gestão da coisa pública no Brasil - instabilidade e ambigüidades políticas -, encaminhando, como contraproposta, mecanismos de avaliação e de informação da sociedade civil, para que esta exerça pressão mais efetiva sobre os governos.
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