O planejamento em geral, e o planejamento educacional, em particular, explicitam estratégias de atualização da intervenção do Estado, enquanto organizador do espaço econômico, social e político, possível à expansão do projeto de desenvolvimento capitalista no Brasil. Investido da racionalidade, o planejamento tem representado, no capitalismo monopolista, um instrumento necessário à gestão da centralização/reprodução do capital, privilegiando, a nível da política educacional, uma visão compartimentalizada dos problemas, remetendo-os, por isso, a soluções técnicas em detrimento dos aspectos relacionados às suas determinações. Nesse contexto, a formação de planejadores em educação assumiu, durante duas décadas, caráter pragmático e se deu nas agências governamentais. A reorganização que se vem processando na sociedade brasileira atual e o crescente fortalecimento das instituições da sociedade civil, têm demandado do planejador, uma revisão de sua prática, justificando-se, assim, a inclusão, nos currículos, de elementos que possibilitem contextualizar a educação, despindo-se, o planejamento educacional, da "neutralidade científica" e encaminhando sua prática numa perspectiva de transformação social.
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