Este artigo se insere aos estudos e pesquisas da Psicologia Social Comunitária que pressupõe a existência de múltiplos fazeres em psicologia, que produzem e são produzidos por distintas práticas discursivas. A pesquisa apresentada parte da concepção da emergência de nova(s) ruralidade(s) nos contextos rurais, reconhecendo a luta das mulheres na construção e participação de movimentos sociais para o estabelecimento de novas relações e os desafios que perpassam esse processo. Por meio da abordagem teórico metodológica do Construcionismo Social, que compreende as relações e interações como produzidas e produtoras de sentidos por meio da linguagem, objetivamos discutir as distintas nomeações em relação as mulheres em contexto(s) de ruralidade(s). E também como são articuladas as Práticas Discursivas e Produções de Sentidos nos processos de estruturação dessas inter-relações. Para analisar as nomeações historicamente atribuídas e reivindicadas para e pelas mulheres rurais discutimos as identidades políticas construídas pelos movimentos sociais do campo. Para esse propósito recorremos as contribuições das histórias dos Movimentos Sociais protagonizados por mulheres, e também das pesquisas com enfoque nas construções identitárias das mulheres em contexto(s) de ruralidade(s). Como recurso metodológico realizamos uma “Oficina de Sentidos” com mulheres do assentamento Eldorado 2, no município de Sidrolândia. Dessa atividade obtivemos um total de 48 repertórios associados à palavra assentamento, em que destacamos os seguintes sentidos: estrada, união, comunidade, família, artesanato e saúde. As reflexões produzidas pela pesquisa contribuem na construção de um olhar psicossocial para o campo das ruralidades, reconhecendo a importância da organização coletiva das mulheres e suas experiências de resistência
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