Este texto aborda a formação médica humanizada no interior da Amazônia, a partir de um estudo de caso em Santarém/PA. Seu objetivo buscou conhecer a percepção de discentes, docentes e coordenadora do curso estudado acerca da prática humanizada na formação do futuro médico. A metodologia é de abordagem qualitativa, descritiva, com recorte temporal de 2014 a 2017. Foi realizado estudo documental e empírico, cujos dados foram coletados através de entrevista semiestruturada com a coordenadora e 09 docentes, e do questionário padrão PRAXIS com 87 discentes do referido curso, totalizando uma amostra de 97 participantes. Seu tratados ocorreu pela análise de conteúdo de Bardin (2011). Os resultados demonstram que a região amazônica encontra-se desassistida de médicos para atender ao SUS, o que torna sua formação uma prioridade. Verificou-se também que discentes, docentes e coordenadora do curso pesquisado percebem que a política de humanização está presente no currículo desse curso de medicina, conforme recomendam as DCNs, refletindo numa formação de médicos éticos e humanistas, com consciência da sua importância no contexto da sociedade, o quanto eles podem mudar e contribuir, desde que tenham humanidade de apreender que a ‘medicina é uma profissão eminentemente social”. Contudo, identificou-se que as práticas do processo ensino - aprendizagem, legitimadas pela integração da realidade imediata à própria formação inicial, são um grande desafio, principalmente no interior da Amazônia. Sendo essencial à edificação de um SUS para todos e com um atendimento humanizado e de qualidade.
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