O artigo pretende confrontar o pensamento de Clarice Lispector acerca do “ser cronista”, que, por sua vez, se relaciona com a questão do tempo em sua escritura.
Tal questão, por outro lado, se desdobra numa percepção singular sobre tradução, bem como sobre outra noção temporal da escritura, a saber: o anacronismo. Há uma relação singular entre escritura e tradução, e é esta relação que nos interessa aqui discutir a partir de três pequenos textos publicados por Clarice no “Jornal do Brasil”. O primeiro se chama “Quem escreveu isto?”. O segundo, “Tradução atrasada”, e o terceiro, um tanto misterioso, é a tradução do famoso texto “Borges y yo”, de Jorge Luis Borges.
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