Sandra Escovedo Selles, Mariana Lima Vilela
This article presents a discussion about human body and health approaches in the Brazilian science curriculum. Taking into account the hegemony of the biomedical approach, alongside a hygienist and behaviourist health vision in school Science curriculum, the article suggests that alternative approaches about human body and health – namely social and cultural approaches – have challenging that hegemony. Based on school knowledge theoretical perspective (Forquin, 1993; Lopes, 1999) and taking into consideration Ball (2001)’s definition of contexts of influences within the curriculum political cycles, it has been identified evidences of dispute among those curriculum approaches in three contexts of curriculum politics production: (i) teacher mediation and school constraints – analysing studies about teacher mediation and selection; (ii) knowledge production both in the Science and teacher Education research – using as empirical data a literature review in Science Education journals; (iii) education politics – analysing official curriculum documents which express meanings of health in the school curriculum. In other to show disputes among the curriculum approaches, the analysis of the evidences suggests that the biomedical and hygienists approaches have been progressively challenged. The analysis also shows that these approaches conflict to the social and cultural ones, bringing changes in the human body and health conceptions within the science curriculum
Este artigo tem como objetivo discutir abordagens do corpo humano e saúde nos currículos de Ciências no Brasil. Reconhecendo a hegemonia da abordagem biomédica do corpo humano, acompanhada de uma visão de saúde higienista e de educação comportamentalista, nos currículos escolares de Ciências, sugerimos que outras abordagens sobre Corpo Humano e saúde – aqui nomeadas como abordagens sociais e culturais – vêm interpelando essa hegemonia. A partir do referencial do conhecimento escolar (Forquin, 1993; Lopes, 1999), e tomando por base o que Ball (2001) define como contextos de influências nos ciclos de políticas de currículo, buscamos identificar evidências de disputas entre essas abordagens, em diferentes contextos de produção de políticas curriculares como são: (i) A mediação docente e os condicionantes escolares–recorrendo a estudos sobre mediações e seleções docentes; (ii) A produção de conhecimento na pesquisa em Educação, em Ciências e na Formação de Professores – por meio de consulta do levantamento bibliográfico realizado em periódicos de Educação em Ciências; e finalmente (iii) As políticas públicas para a Educação–analisando documentos curriculares oficiais, que expressam sentidos de Saúde no currículo escolar. Buscando evidenciar essa disputa entre abordagens curriculares, a análise de evidências sugere que as abordagens biomédicas e higienistas, vem sendo progressivamente interpeladas, e encontram-se em disputa com enfoques sociais e culturais, produzindo mudanças nas concepções de corpo humano e a saúde que circulam nos currículos de Ciências.
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