O objetivo deste artigo é refletir sobre o lugar do ensino de filosofia no ensino médio técnico do Instituto Federal do Paraná (IFPR). A partir da perspectiva teórica foucaultiana, este estudo pretende contribuir para o debate sobre o ensino de filosofia promovendo duas problematizações: primeiro, como uma atitude crítica da subjetividade exigida na educação tecnológica, confrontando a construção de uma subjetividade assujeitada ao modelo do capital humano com uma subjetividade que se constitui a si mesmo; segundo, identificar o pensar filosófico como uma téchne autêntica, o que permite pensar outra experiência com a técnica, rompendo com a objetividade da técnica moderna. Resgatando os conceitos da téchne grega e da Aufklärung moderna, busca-se apresentar que um dos papéis importantes da filosofia no ensino técnico seja o de possibilitar a experiência singular do cuidado de si. Desse modo, pensamos o lugar do ensino de filosofia como um espaço de experiência:
onde devemos questionar a técnica (como convida Heidegger) e cuidar de nós mesmos (como aponta Foucault).
This paper aims to discuss the place of philosophy teaching in the technical secondary school of Instituto Federal do Paraná (IFPR). From Foucault’s theoretical perspective, this study aims to contribute to the discussion of philosophy teaching by promoting two problematizations: first, as a critical attitude of the subjectivity required in technology education, confronting the construction of a subjectivity subjected to the human capital model with an autonomous subjectivity that is self-constructed; second, to identify the philosophical thought as an authentic téhkne, which suggests another experience with the technique, breaking the objectivity of the modern technique. Rescuing the concepts of the Greek téhkne and modern aufklärung, it argues that one of the roles of philosophy in technical education is to allow the unique experience of self-care.
Thus, we think the place of philosophy teaching as an experience space: where we must question the technique (as Heidegger calls) and take care of ourselves (as pointed out by Foucault).
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