“Acima da América está o sangue”: a eugenia nos escritos de Monteiro Lobato

• Ferretti Junior, Arlindo ^[1] ; Westphal, Euler Renato ^[1] ; Barros Meira, Roberta ^[1]
  1. [1] Universidade da Região de Joinville

     Universidade da Região de Joinville

     Brasil

     
• Localización: Maracanan, ISSN-e 1807-989X, Nº. 27 (Raça, Ciência e Saúde no contexto da escravidão e do pós-Abolição), 2021, págs. 68-93
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • “Blood is above America”: eugenics in the writings of Monteiro Lobato
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• Resumen
  • English

    This article seeks to discuss some of the passages in the writings of Monteiro Lobato that dialogue with eugenicist postures. To do so, we take a closer look at two of his texts: "The Black President" (1926) and "America" (1932), which will serve as platforms for a look at his writings from youth to old age. We see reflections of these positions in letters exchanged with Renato Kehl and Artur Neiva. The analyses indicate the presence of eugenicist conceptions sometimes associated with a more radical perspective, sometimes closer to sanitary practices, at the time in vogue in Brazil. In his search to lead the country to progress, the author has articulated common scientific perspectives in his time. It is in this sense that we seek to make a critical reflection on the circulation of eugenicist ideas and the construction of the Lobatian national identity project.

  • português

    Este artigo procura discutir algumas das passagens dispostas nos escritos de Monteiro Lobato que dialogam com posturas eugenistas. Para tanto, observamos mais de perto dois de seus textos: “O presidente negro” (1926) e “América” (1932). Veem-se reflexos dessas posições em cartas trocadas com Renato Kehl e Artur Neiva. As análises indicam a presença de concepções eugenistas ora associadas a uma perspectiva mais radical, ora mais próximas das práticas sanitaristas, à época em voga no Brasil. Em sua busca por levar o país ao progresso, o autor articulou perspectivas cientificistas comuns em seu tempo. É nesse sentido que procuramos fazer uma reflexão crítica sobre a circulação de ideias eugenistas e a construção do projeto de identidade nacional lobatiano.