O trabalho com os conflitos interpessoais na escola na perspectiva construtivista

• Autores: Tamires Rodrigues Pereira, Maurício Bronzatto, Ricardo Leite Camargo
• Localización: Travessias, ISSN-e 1982-5935, Vol. 10, Nº. 3, 2016, págs. 41-66
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The work with the interpersonal conflicts in the school at constructivist perspective
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• Resumen
  • English

    Because the educators live daily with scenes of disrespect and incivilities, they, often exhausted, are asking about what to do. Meanwhile, in the institutions that prepare these professionals, little time is reserved to knowledge of how children and adolescents develops morally and therefore of how they build together the rules of a good relationship. Based on these concerns and thinking that the school has an important role in the moral formation of new generations, we propose this article, which aims to present, on one side, the way how educators, in general, deal with interpersonal conflicts in school routine and, on other side, constructivist perspective of working with these conflicts. We will show that teachers, in most cases, does not consider as one of its functions assist their students to live together better; the conflicts are seen as negative and unnatural, therefore they need to be contained or avoided; the focus is on the resolution, often by coercion, not on the process by which they learn rules and values and they acquire more respectful ways of living together. Thus, procedures that bring temporary results, but do not educate for autonomy, are used. We will seek also to recognize the influence of the school environment in the way how the students relate and deal with their conflicts. This article provides support to the work of the teacher who, though often elects how educational objective prepare his students for autonomy, demonstrates, in practice, ignore the procedures of moral education that could help him in this intention.

  • português

    Convivendo cotidianamente com situações de desrespeito e incivilidades, os educadores, quase sempre exauridos, indagam-se sobre o que fazer. Enquanto isso, nas instituições que se encarregam da formação desses profissionais, pouco tempo é destinado ao conhecimento de como crianças e adolescentes desenvolvem-se moralmente e, portanto, de como constroem entre si regras de uma boa convivência. Partindo dessas inquietações e julgando que a escola tem um importante papel a cumprir na formação moral das novas gerações, propomos este artigo, cujo objetivo é apresentar, de um lado, o modo como os educadores em geral lidam com os conflitos interpessoais no cotidiano escolar e, de outro, a perspectiva construtivista de trabalho com esses conflitos. Mostraremos que os professores, na grande maioria, não consideram como uma de suas funções auxiliar seus alunos a conviverem melhor; os conflitos são vistos como negativos e antinaturais, portanto precisam ser contidos ou evitados; o enfoque está na resolução, muitas vezes por meio da coerção, e não no processo pelo qual se aprendem regras e valores e se adquirem formas mais respeitosas de convívio. Utilizam-se, assim, procedimentos que funcionam temporariamente, mas não educam para a autonomia. Procuraremos, também, reconhecer a influência do ambiente escolar na maneira como os alunos se relacionam e lidam com seus conflitos. Assim, este artigo fornece subsídios ao trabalho do professor que, embora mencione frequentemente em seus objetivos educacionais a formação de alunos mais autônomos, demonstra, em sua prática, desconhecer os procedimentos da educação moral que poderiam ajudá-lo nesse propósito.