Este trabalho tem como objetivo analisar o processo progressivo de precarização social do trabalho docente, como estratégia das políticas neoliberais para a educação. Tratase de um fenômeno que tem como dimensões centrais os mecanismos de avaliação e controle produtivistas, que colocam sob controle do mercado a produção do conhecimento nas Universidades Federais e os professores sob suspeita por parte do sistema. É baseado na construção de indicadores qualitativos que demonstram as alterações no processo de trabalho que geram impactos para a qualidade da pesquisa, do ensino e da extensão. A intensificação do trabalho, a necessidade permanente de captação de recursos, a meritocracia,impõem um trabalho em urgência que termina por prejudicar a essência do fazer científico - a criação.O professor é colocado no centro de contradições que comprometem a sua autonomia, identidade e saúde, fatores que colocam sua vida em risco. O estudo também identifica indicadores de resistência que apontam para discursos e até ações contra-hegemônicas que emergem no cotidiano das Universidades. O desafio é compreender a resignação dos docentes,reféns dos mecanismos instituídos que premiam,castigam, classificam e excluem e o processo de subjetivação permeado, ao mesmo tempo, por sentimentos de gratificação e frustração.
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