El abandono de la razón: la descolonización de los discursos sobre la infancia y la familia

• Leavy, Pia ^[1] ; Szulc, Andrea ^[2]
  1. [1] CONICET- UBA
  2. [2] CONICET
• Localización: Sociedad e Infancias, ISSN-e 2531-0720, Vol. 5, Nº. 2, 2021 (Ejemplar dedicado a: La infancia después de la pandemia: claves para una nueva era), págs. 161-179
• Idioma: español
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  • español

    El artículo propone analizar las explicaciones del sentido común académico en torno a niños y niñas pobres que suelen ser representado/as como parte de una “infancia abandonada” en el contexto de Brasil de la década de 1990. Para discutir dichas representaciones, se historizan y describen los contextos de producción de los conceptos de familia e infancia, recuperando autores clásicos del campo de las ciencias sociales y humanidades, tanto de origen europeo como latinoamericano. También se recuperan datos cuantitativos sobre indicadores sociales y desigualdad en el contexto brasileño. El abandono de la razón, guarda relación con que la gran preocupación mostrada a nivel mundial por el valor "niño" no siempre está ligada a observaciones objetivas, a evaluaciones correctas de la realidad o a campañas eficaces que reviertan en algún beneficio real para los niños o sus familias. Existe, en ciertas situaciones, una relación inversa entre el volumen de la retórica y la eficacia de las políticas. La autora elabora la noción de “niñez absoluta” para comprender las imágenes de infancia que imperan en el sentido común, orientadas por valores de clase, que niegan los condicionamientos sociales de las experiencias de infancia, así como el entramado de relaciones sociales que la hacen posible.

  • English

    The article proposes to analyze the explanations of academic common sense about poor children who are usually represented as part of an "abandoned childhood" in the Brazilian context of the 1990s. In order to discuss such representations, concepts of family and childhood concepts are historicized and described, recovering classic authors from the field of social sciences and humanities, both of European and Latin American origin. Quantitative data on social indicators and inequality in the Brazilian context are also recovered. The abandonment of reason is related to the fact that the great concern shown worldwide for the value of the "child" is not always linked to objective observations, to correct evaluations of reality or to effective campaigns that result in real benefits for children or their families. There is, in certain situations, an inverse relationship between the volume of rhetoric and the effectiveness of policies. Fonseca elaborates the notion of "absolute childhood" to understand the images of childhood that prevail in the common sense, oriented by class values, which deny the social conditioning of childhood experiences, as well as the web of social relations that make it possible.

  • português

    Este artigo propõe-se analisar as explicações de senso comum académico das crianças pobres que são frequentemente representadas como parte de uma "infância abandonada" no contexto do Brasil nos anos 90. A fim de discutir estas representações, os contextos de produção dos conceitos de família e infância são historializados e descritos, recuperando autores clássicos do campo das ciências sociais e humanas, tanto de origem europeia como latino-americana. Os dados quantitativos sobre indicadores sociais e desigualdade no contexto brasileiro também são recuperados. O abandono da razão está relacionado com o facto de a grande preocupação demonstrada a nível mundial pelo valor da "criança" nem sempre estar ligada a observações objectivas, avaliações correctas da realidade ou campanhas eficazes que resultem em benefícios reais para as crianças ou as suas famílias. Em certas situações, existe uma relação inversa entre o volume da retórica e a eficácia das políticas. O autor elabora a noção de "infância absoluta" para compreender as imagens da infância que prevalecem no senso comum, orientadas por valores de classe, que negam o condicionamento social das experiências de infância, bem como a teia de relações sociais que a tornam possível.