Literatura de Franz Kafka e seus contos não formais: categorias de aprendizagem sobre a história

• Correia, José Ailton Carlos Lima ^[1]
  1. [1] Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP
• Localización: Kiri-Kerê - Pesquisa em Ensino, ISSN-e 2526-2688, Vol. 1, Nº. 12, 2022, págs. 28-48
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Franz Kafka’s literature and his non-formal tales learnig: categories about history
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  • English

    This article aims to analyze the relevance of Franz Kafka's (1883-1924) literature in the composition of the historical processes of society in its time in the world, in the specificity of its language and symbolic representations. Could literary narrativity be considered a reliable historiographical source?Far from being mere fictional categories, the hypothesis-condition is cread that Kafkaesque tales are potent criticisms of capitalist society in the period of World War I (1914-1918), which compose historiographical narratives outside the official frames of history; criticisms that may be updated for our time in the world and for human formation. For this purpose, the theoretical references of historians Sandra Jatahy Pesavento (2012) and Nicolau Sevcenko (1999) are adopted for the Literary-historical dialogue based on the methodological interdisciplinarity inaugurated by the Escola dos Annales (1929). For the critical-literary basis of History, there are the analyzes of Michel Löwy (2005). Thus, when history is problematized by the literary bias - the method used - one can find in the Kafkaesque novels a large collection of unofficial documents as voices that are structured and tell the history of the world and society from another angle than the Traditional, linear and positivist history.

  • português

    O presente artigo objetiva analisar a relevância da literatura de Franz Kafka (1883-1924) na composição dos processos históricos da sociedade em seu tempo de mundo, na especificidade de sua linguagem e representações simbólicas. Seria possível uma educação histórica a partir da Literatura? Longe de serem meras categorias ficcionais, cria-se a hipótese-condição que os contos kafkianos são potentes críticas da sociedade capitalista no período da I Guerra Mundial (1914-1918), os quais compõem narrativas historiográficas fora dos quadros oficiais da História; críticas que podem estar atualizadas para o nosso tempo de mundo e para formação humana. Para tal objetivo, adota-se os referenciais teóricos dos historiadores Sandra Jatahy Pesavento (2012) e Nicolau Sevcenko (1999) para o diálogo Literário-histórico a partir da interdisciplinaridade metodológica inaugurada pela Escola dos Annales[1] (1929). Para o embasamento crítico-literário da História têm-se as análises de Michel Löwy (2005). Assim, quando problematiza-se a História pelo viés literário – o método usado – pode-se encontrar nos romances kafkianos um grande acervo de documentos não oficiais como vozes que se estruturam e contam a História do mundo e sociedade de outro ângulo que não seja a História tradicional, linear e positivista.