Violência e masculinidades na periferia: Uma análise interseccional do filme Branco Sai, Preto Fica (Adirley Queirós, 2014)
- Autores: Carlos Eduardo Ribeiro
- Localización: Una mirada desde el siglo XXI a la estética contemporánea de la violencia de género: (reflexiones desde el género) / coord. por Fernanda Pattaro Amaral, 2018, ISBN 978-958-5512-24-5, págs. 56-84
- Idioma: portugués
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Resumen
O presente trabalho se propõe a uma análise de Branco Sai, Preto Fica (Adirley Queirós, 2014), filme realizado na Ceilândia – a primeira e maior cidade-satélite de Brasília, surgida a partir de um processo de remoção da população pobre da Capital Federal durante a ditadura civil-militar. O longa-metragem parte das experiências vividas por homens negros e pobres nesse espaço: em uma noite nadécada de 1980, enquanto dançavam break no mais famoso baile da Ceilândia, foram mutilados em uma ação policial, tornando-se deficientes físicos. Nopresente enunciativo do filme, reconstroem suas memórias, a partir das quaisse pretende compreender como vivenciam as suas identidades, construídas no entremeio de uma série de categorias de diferenciação como gênero, raça, classee capacidade corporal. Se o fato de serem homens, pobres, negros e periféricos osfaz alvos preferenciais dos abusos policiais (Sinhoretto et al., 2014), a deficiência física decorrente dessa violência reconfigura a forma com que vivenciam suas identificações previas, como o pertencimento ao local, a afeição à cultura blackoitentista, a masculinidade
