Práticas de conservação da água nas empresas de enoturismo em Portugal

• Cristina Araújo ^[1] ; Elisabeth Kastenholz ^[1] ; Isabel Santos
  1. [1] Universidade de Aveiro

     Universidade de Aveiro

     Vera Cruz, Portugal

     
• Localización: Revista Turismo & Desenvolvimento, ISSN 1645-9261, Nº. 43, 2023, págs. 119-132
• Idioma: portugués
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  • Apesar de reconhecido como potencialmente benéfico para o desenvolvimento sustentável dos territórios, o enoturismo pode também causar impactos ambientais negativos, como a exploração excessiva dos recursos hídricos. Estes impactos podem estar relacionados com as atividades e serviços oferecidos aos enoturistas. É assim relevante refletir sobre os momentos de desperdício de água e as práticas de sustentabilidade a nível de conservação da água que têm sido utilizadas para mitigar este problema, por parte dos agentes da oferta de enoturismo. Para tal, o estudo utiliza a recolha de dados qualitativos (entrevista a proprietários-gestores de empresas vitícolas que oferecem experiências de enoturismo em Portugal). Dos resultados constata-se que várias atividades e serviços são prestados nestas empresas. Os gastos e desperdícios de água estão associados sobretudo à lavagem de utensílios utilizados nas provas, bem como à limpeza e utilização das infraestruturas de apoio. As práticas de conservação da água são sobretudo de custo baixo e estão centradas principalmente na mitigação do desperdício e redução do seu consumo [exemplo: sistemas de descarga dupla (autoclismo) e torneiras com temporizador]. Trata-se de um trabalho pioneiro pois procura identicar as lacunas sobre os gastos e práticas de conservação da água no enoturismo em Portugal e traça caminhos para futuras pesquisas.