Brasil
Este ensaio tem por objetivo questionar condutas baseadas em binarismos e automatismos, fortemente arraigadas no fazer do docente de matemática. Propõe-se uma discussão acerca do dizer “Isto não é matemática”, enunciado repetido por nossos alunos ao se depararem com atividades que envolvam escrita, leitura, argumentação ou outros saberes que se distanciem de cálculos e fórmulas. Ao articular esta frase ao conceito de regimes de verdade, desenvolvido por Foucault, problematizamos vinculações a verdades estreitas que naturalizam práticas hierarquizantes na produção de modos de ser/estar/sentir-se professor de matemática, assinalando a importância de um exercício de liberdade e alteridade em nossas práticas cotidianas na sala de aula.
This essay aims to question conducts based on binarisms and automatisms, deeply rooted in the mathematics teacher's practice. We propose a discussion about the statement"This is not mathematics", a statement repeated by our students when they encounter activities involving writing, reading, argumentation or other knowledge that are distantfrom calculations and formulas. By articulating this phrase with Foucault's concept of regimes of truth, we problematize links to narrow truths that naturalize hierarchical practices in the production of ways of being / feeling asteacher of mathematics, pointing out the importanceof an exercise of freedom and otherness in our everyday practices in the classroom.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados