Num contexto de crescente presença tecnológica em cenário educacional, o objeto recortado nesta pesquisa foi o uso que estudantes de graduação fazem do corretor ortográfico em processadores de texto. Propôs-se a calouros dos cursos de Engenharia e de Letras Português, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), no Brasil, a elaboração de um texto, no processador Word, tendo disponível o corretor ortográfico em modo não automático. O processo de escrita foi registrado por meio de softwaresde gravação de tela. Tomaram-se como indicadores específicos para a análise o fato de os estudantes terem corrigido as marcações da ferramenta com base nas sugestões dadas pelo corretor ou em seus conhecimentos, o número de inadequações gráficas ou sintáticas e os erros mecânicos. Constatou-se elevado grau de confiança no corretor, o que pode prejudicar, especialmente, a etapa de revisão textual. Houve, entretanto, casos de usos consideravelmente contextualizados. Em comparação, concluiu-se que o grupo de Letras se destacou por apresentar um nível de consciência maior ao usar a ferramenta. A pesquisa discute, nesse contexto, a imbricação entre linguagem e tecnologia (Cupani 2011; Feenberg 2002; Pinto 2005); as revoluções tecnolinguísticas (Auroux 1992; Coulmas 2014; Fayol 2014; Haas 1996); e a educação em ambiente tecnológico (Sibilia 2012).
In a context of increasing technological presence in education, the object of this research is the use undergraduate students make of the orthographic corrector in text processors. We proposed to students in the first year of study in the courses of Engineering and Languagesat the Federal Technological University of Paraná (UTFPR), in Brazil, to elaborate a text in Microsoft Wordwhile the orthographic corrector was set in non-automatic mode, a process which was recorded in video by using screen recording softwares. As specific indicators in this analysis, we considered whether the students corrected the mistakes pointed out by the corrector by using its suggestions or based on their own knowledge, the number of orthographic or syntactic inadequacies and mechanical errors. We verified an elevated degree of reliance on the corrector, which may be prejudicial especially to the stage of text review. However, there were cases of highly contextualized uses of the resource. In comparison, we concluded that undergraduates in Letters stood out for a greater level of awareness in dealing with the corrector. In this context, this research discusses the imbrication between language and technology (Cupani 2011; Feenberg 2002; Pinto 2005); technolinguistic revolutions (Auroux 1992; Coulmas 2014; Fayol 2014; Haas 1996); and education in a technological environment (Sibilia 2012).
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