Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Quem tramou Yoritomo-Tashi? Ser ou não ser

  • Autores: Marta Pacheco Pinto
  • Localización: Diacrítica, ISSN 0870-8967, ISSN-e 2183-9174, Vol. 34, Nº. 3, 2020 (Ejemplar dedicado a: Asian-Portuguese Studies), págs. 207-221
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Who framed Yoritomo-Tashi? To be or not to be
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      This article offers a case study of the early-twentieth century Portuguese reception of Yoritomo-Tashi, supposedly a Japanese philosopher who became known through the editing work of B. Dangennes, one of the pseudonyms of a French female author of self-help books by the name of Berthe Blanchard (18[-]–1940). Reception is examined on the basis of translational paratexts used as (re)framing devices to tell different stories about a same author figure and the books he is purported to have written, ultimately shaping the literary and cultural system to which Yoritomo-Tashibelongs. The first (European) Portuguese translation of his work to circulate, made by Bernardo de Alcobaça in 1912, whose paratext frames a Japanese source (con)text, will be discussed as an assumed translation of a non-existent (Japanese) original, that is, as a pseudo indirect translation. The other three existing adaptations were translated by the end of the 1920s by a different agent, A.Victor Machado, who seems to be aware that Yoritomo-Tashiis a pen name and who gradually restoresYoritomo-Tashi/Dangennes to the French literary system via the paratext. Questions will also be raised about the complicity of the Portuguese translators with Dangennes’sfictitious translation project. This complicity, as shaped by the paratext, will be shown to influence the de facto belonging of an author’s work to the Japanese-Portuguesetranslation system and to be evidence of a persisting exoticism in early twentieth-century Europe.

    • português

      O presente artigo oferece um estudo de caso centrado na receção, no início do século XX, de Yoritomo-Tashiem Portugal. Trata-se de um pretenso filósofo japonês, que foi dado a conhecer através do trabalho de edição de B. Dangennes, um dos pseudónimos de uma escritora francesa de livros de auto-ajuda, de nome verdadeiro Berthe Blanchard (18[-]–1940). Analisa-se a receção a partir dos paratextos das traduções portuguesas, entendidos como mecanismos de (re)enquadramento que contam diferentes histórias sobre um mesmo autor e os seus livros, os quais, em última análise, constroem o sistema literário e cultural a que Yoritomo-Tashi pertence. A primeira tradução a circular em português(europeu), pela mão de Bernardo de Alcobaça em 1912, e cujo paratexto sugere um (con)texto de partida japonês, será discutida como uma tradução assumida de um original (japonês) que não existe, ilustrando um caso de pseudo tradução indireta. As outras três adaptações existentes datam do final da década de 1920e foram produzidas por um agente diferente(A. Victor Machado), que parece estar a par de que Yoritomo-Tashié um pseudónimo, devolvendo gradualmente, por via do paratexto, Yoritomo-Tashi/Dangennes ao sistema literário francês. Os tradutores portugueses serão também questionados quanto à sua conivência como projeto de tradução fictícia de Dangennes/Blanchard.Mostrar-se-á em que medida esta conivência, conforme moldada pelo paratexto, influencia a efetiva pertença do trabalho de um autor ao sistema de tradução japonês-português, para além de funcionar como vestígio do exotismo patente na Europa do início do século XX.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno