Brasil
As violências possíveis para um sujeito em diáspora são inúmeras e quando delimitadas ao gênero feminino se multiplicam. Mila e Vitória, personagens de Esse cabelo (2015), de Djaimilia Pereira de Almeida, e Essa dama bate bué! (2018), de Yara Monteiro, redimensionam a compreensão e análise das dinâmicas violentas acontecidas no período de descolonização de Angola e posteriormente no trânsito pós-colonial nos desdobramentos constituintes de figurações dos estereótipos que acompanham até hoje suas personalidades. O presente artigo tem por objetivo analisar, a partir dos estereótipos impostos sobre a negritude mestiça, como as dinâmicas das representações coloniais atingem as personagens desde a infância e no próprio ambiente familiar, espaço que deveria remeter à segurança, mas termina por ser o lugar da projeção inicial da fragmentação do sujeito diaspórico.
The possible forms of violence for a subject in diaspora are countless and when limited to the female gender they multiply. Mila and Vitória, characters from Esse Cabelo (2015), by Djaimilia Pereira de Almeida, and Essa dama Bate Bué! (2018), by Yara Monteiro, resize the understanding and the analysis of the violent dynamics that occurred during the period of decolonization in Angola, and later in transit post-colonial in the constituent developments of figurations of stereotypes that accompany their personalities until today. This article aims to analyze, from the stereotypes imposed on mestizo blackness, how the dynamics of colonial representations affect the characters from childhood and in the family environment itself, a space that should refer to security, but ends up being the place of initial projection of the fragmentation of the diasporic subject.
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