A Conservação e Restauro é uma área profissional dinâmica, atenta aos diversos recursos que outras áreas científicas desenvolvem. Neste artigo apresentam-se os resultados obtidos com o estudo exploratório Au Soir que decorreu na Faculdade de Belas-Artes, da Universidade de Lisboa (FBAUL). Este estudo teve como foco a pintura sobre tela de Artur Alves Cardoso (1882-1930), intitulada Au Soir.
Foi dividido em duas abordagens, aparentemente, não inter-relacionáveis: a caracterização espacial da superfície pictórica (Machine learning) e a tateabilidade da obra.
A primeira abordagem, inteiramente digital, teve como objetivo a análise geométrica e espacial da superfície para melhor perceber a dispersão de patologias na pintura. Foram aplicadas diferentes técnicas: a fotogrametria, a criação de ortomosaicos, a reflectografia de infravermelho, aquisição de fotografias da fluorescência visível induzida por ultravioleta (UVIVF), a produção de modelos 3D de superfície, a aplicação de Sistemas de Informação Geográfica e o uso de técnicas de deteção remota com classificação supervisionada e não supervisionada.
A segunda vertente do projeto teve como objetivo procurar estratégias para dar a conhecer a pessoas cegas e amblíopes a materialidade e a técnica construtiva da obra, a mensagem da mesma, as degradações e as ações de conservação e restauro.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados