No Brasil se traduz muitíssimo, mas os tradutores não gozam, em geral,de muito prestígio. Paulo Henriques Britto é uma das exceções nesse pa-norama. Tradutor profissional, ele prova, como Lope de Vega no teatro,que a técnica e a arte não são necessariamente inimigas da quantidade.Sua dedicação ao livro alheio não exclui o cultivo da obra pessoal: é umpoeta amplamente respeitado (seu Trovar Claro, que acaba de sair, foiacolhido com carinho pela crítica) e um ensaísta com idéias próprias(ver seu artigo sobre Henry James neste número dos Cadernos). As per-guntas foram formuladas por Mauri Furlan e Walter Carlos Costa
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