O:Esta tese pretende responder a seguinte pergunta: Como determinados sujeitos aprendem o uso de um mundo não organizado em seu favor. Para respondê-la recorri às contribuições da "Pedagogia Crítica na perspectiva dos Estudos Culturais". Também colaboraram para esta construção um professor e uma professora da rede pública municipal de ensino da cidade de Belo Horizonte - Brasil. Através da narrativa de suas trajetórias de vida e profissional esses professores contribuíram para dar relevo à "territorialidade", ou seja, à relação entre o "centro de poder" e a "sua margem" no processo de construção de suas subjetividades, assim como, aos desdobramentos desta categoria para a compreensão do contexto da educação voltada para a classe trabalhadora. Para tal, a investigação foi dividida em duas etapas. A primeira etapa correspondeu às "Entrevistas em Profundidade" e a segunda à "Observação Participante". Ambas foram analisadas através da "Análise Crítica do Discurso". Desta forma, esta investigação foi se configurando em uma "Etnografia" uma vez que seu desenvolvimento foi se processando na medida em que os dados se afloravam. Através dessa articulação entre os dados empíricos e a teoria foi possível compreender que o sujeito desprovido de direito, ao ter acesso a maiores oportunidades de mobilidade territorial, também se expande intelectualmente, ampliando, desta forma, suas chances de lidar com um mundo não rganizado em seu favor, podendo, assim, constituir-se como sujeito de directo Cidadão), utilizando de bens e serviços nem sempre disponíveis em seus territorios e origem.PALAVRAS-CHAVE: Pedagogia Crítica na perspectiva dos Estudos Culturais; Análise Crítica do Discurso; Ascensão Social; Melhorar de Vida; Hegemonia; utoritarismo; Antinomandismo.
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