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Quando a melodia reinventa a partitura: fundamentos de uma prática curricular baseada na experiência de liberdade compartilhada

  • Autores: Geórgia Moreira de Oliveira Moreira Oliveira
  • Directores de la Tesis: Isabel María Gallardo Fernández (dir. tes.), Jaume Martínez Bonafé (dir. tes.)
  • Lectura: En la Universitat de València ( España ) en 2015
  • Idioma: español
  • Tribunal Calificador de la Tesis: José Gimeno Sacristán (presid.), Isabel Maria Ríos García (secret.), Miguel González Arroyo (voc.)
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  • Resumen
    • RESUMO As ideias de liberdade, experiência, infância, sujeito e currículo anunciam a possibilidade de uma investigação que toma como proposta dar visibilidade às iniciativas de autoria curricular na Educação Infantil – no Brasil – como alternativas ao modelo conservador e à proposta fundada na lógica do capital, que considera a educação como mercadoria. Defendemos propostas que, embora de maneira “desarticulada”, constituem e instituem uma rede de conhecimento militante visando à educação integral dos sujeitos de forma crítica e ativa. Neste caso, utilizar o termo “desarticulada”, caracteriza uma espécie de “universalidade oculta”, ou seja, trata-se da compreensão de que sujeitos distintos, em diferentes lugares e tempos históricos, ainda que não se conheçam, tomam os mesmos fundamentos e práticas como forma de intervenção no processo de formação humana. Fundamentamo-nos em experiências como as reveladas por Célestin Freinet, Paulo Freire, Mario de Andrade, Florestan Fernandes, Loris Malaguzzi e tantos outros que, ao longo da história, sustentaram suas práticas num projeto de emancipação, tomando a educação pela e para a liberdade como alicerce de um projeto de sociedade. Somamo-nos a estes autores quando interpretamos as bases sociais, políticas, epistemológicas e ideológicas de práticas em comum que indicam cultura(s) profissionais, cultura(s) infantis e cultura(s) escolares que se aproximam destas experiências. Assim, objetivamos reconhecer experiências alternativas, em oposição ao modelo do capital, como ações curriculares pela e para a liberdade na Educação Infantil compreendendo os sujeitos envolvidos no processo – adultos e crianças – como responsáveis pela autoria compartilhada no currículo. Do mesmo modo, pretendemos dar visibilidade as experiências passadas que contemplem a ideia de liberdade na Educação Infantil que podem ser teorizadas e inseridas como referências para pensar a educação escolar da pequena infância. Por fim, objetivamos a aproximação entre as referências geralmente não divulgadas do passado e experiências da atualidade com intuito de provocar a reflexão acerca do fazer-se curriculistas na prática de liberdade. Reafirmamos a compreensão de que as iniciativas libertadoras no currículo em ação na Educação Infantil se constituem como uma melodia que se dá a partir da leitura da partitura – o texto escrito – que se transforma em libertadora. Ou seja, a partitura, o texto curricular, só se revela libertador porque a melodia, as ações curriculares, são ações de liberdade compartilhada entre adultos e crianças que reinventam este currículo. Com base nessa compreensão, buscamos uma abordagem metodológica que integrasse diferentes elementos que pudessem dar visibilidade às experiências curriculares que se compõem como instituintes, em oposição ao modelo de (de)formação (des)humana referenciado pela lógica do capital. A coerência política determinou o caminho a ser percorrido compreendendo o movimento dialético – e, portanto, muitas vezes contraditório – da vida, da experiência curricular, das culturas, da história das infâncias, da educação e da Educação Infantil como potencializadores da investigação. Assim, a opção pela abordagem qualitativa tomando como base os fundamentos da investigação militante, referenciada em Malo (2004), da pesquisa participante, a partir das contribuições de Freire (2006), Brandão (2003) e Fals Borda (2006), e elementos da Sociologia da Infância, considerando os estudos e reflexões de Sarmento (2008) e outros autores, serviram como base para a descoberta-visibilização de ações curriculares pela e para a liberdade. Ao longo do texto são apresentadas considerações para lembrar que a investigação não se encerra na última página deste material. Na realidade, estas páginas revelam, a partir das reflexões, registros, descrições e considerações, os diversos elementos que a compõem e a necessidade de compreendê-la como processo em permanente construção. Sendo assim, não pretendemos exaurir todos os aspectos desse desafio investigativo. Ao contrário, a ideia é de compartilhar as experiências teóricas-práticas e questionamentos que emergem deste processo. A certeza que temos a compartilhar é a evidência da necessidade da coerência político-prático-investigativa tendo em vista nossas escolhas político-ideológicas. Palavras-chave: Educação Infantil; Currículo; Liberdade


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