igital technologies have been recognised as important mediators in teaching and learning processes in Higher Education. Taking this as a reference, this article presents a research that studied the use of digital Technologies, at this level of learning and by non-traditional students, as a support to the construction of learning and the development of skills for autonomy in the organisation of itineraries oriented towards academic success. Students from History and Computer Engineering courses at University of Porto were the target group of the study, because these courses may have students with distinct digital competences. The data, collected through interviews, were interpreted by content analysis. This analysis allowed the identification of two types of technologies: the unofficial technologies, used by the students on their own initiative; and the official technologies, offered by the institution or suggested by professors. The unofficial technologies are used among students, mainly in the creation and management of virtual spaces for communication and cooperation, for sharing study materials in various multimedia formats. On the other hand, the use of official technologies focuses mainly on the access to study materials made available by the professor and to communicate with the lecturer. Regarding the relationship between the use of technologies and the academic success of non-traditional students, the study has shown that it supports student autonomy, management of the time and place where they study, the communication between peers and with professors, and the ubiquitous access to study materials which they search and share.
As tecnologias digitais têm sido reconhecidas como mediadoras importantes nos processos de ensino e aprendizagem na Educação Superior. Tendo essa situação por referência, este artigo apresenta uma investigação que estudou o uso das tecnologias digitais, nesse nível de ensino, por estudantes não tradicionais, como suporte à construção de aprendizagens e ao desenvolvimento de competências de autonomia na organização de percursos orientados para o sucesso acadêmico. Foram foco de estudo estudantes dos cursos de História e de Engenharia de Informática e Computação da Universidade do Porto, por se considerar que quem escolhe esses cursos poderá ter competências digitais distintas. Os dados, recolhidos por entrevistas, foram interpretados por análise de conteúdo. Essa análise permitiu identificar dois tipos de tecnologias: as não oficiais, usadas pelos estudantes por iniciativa própria; e as tecnologias oficiais, oferecidas pela instituição ou sugeridas pelos docentes. As tecnologias não oficiais são usadas entre estudantes, sobretudo na criação e gestão de espaços virtuais para a comunicação e cooperação na partilha de materiais de estudo em diversos formatos multimédia. Por outro lado, as tecnologias oficiais focam sobretudo o uso para o acesso a materiais de estudo disponibilizados pelo docente e a comunicação com o mesmo. Relativamente à relação do uso das tecnologias com o sucesso acadêmico dos estudantes não tradicionais, o estudo demonstrou que elas são um suporte à autonomia do estudante na gestão e flexibilidade do tempo e locais dedicados ao estudo, à comunicação entre pares e com o docente, e ao acesso ubíquo a materiais de estudo, à sua pesquisa e partilha.
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