Este artigo apresenta resultados de pesquisa sobre a proposta curricular de ciências humanas do estado de São Paulo, disciplinas de Filosofia e Sociologia. Foram examinadas as concepções de trabalho e de trabalho pedagógico do currículo oficial, e as identificou nas de professores da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). A metodologia empregada fez uso da investigação bibliográfica, documental e de campo. Os documentos do Programa São Paulo Faz Escola foram analisados e aplicados questionários a 69 professores. Os resultados indicam que no currículo subjaz a concepção de trabalho como formação para o emprego, sustentado na perspectiva neoprodutivista. A ambiguidade das concepções dos professores reforça a abordagem neotecnicista do currículo. Conclui-se que o currículo do estado de São Paulo e as concepções e práticas dos docentes vivem tensionamentos teórico-metodológicos, mas asseguram a reprodução do discurso hegemônico do capital nos espaços escolares.
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