Introdução: A presença indígena na educação superior tem se apresentado dentre as pautas atuais das discussões acadêmicas. Apesar de ser uma temática recente, evidencia que precisamos pesquisar e nos conectar com os desafios educacionais, culturais, sociais e políticos do nosso tempo, para não apenas compreendermos o mundo em que vivemos, mas, sobretudo, para criarmos possibilidades de sua ressignificação. Objetivo: Diante disso, este texto tem como objetivo problematizar a universidade, o preconceito, a discriminação e a hegemonia epistemológica eurocêntrica a partir das experiências de estudantes indígenas da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Metodologia: O intuito é contribuir nas reflexões sobre o acesso, a permanência, a vivência na universidade e o significado dessa escolarização para os povos indígenas, tomando a perspectiva decolonial como articuladora da análise. Procuramos problematizar as possibilidades que os indígenas, grupo étnico vítima de genocídio, epistemicídio e etnocídio, têm de contribuírem para a transformação e ressignificação da universidade ao se fazerem presentes nesse espaço. Resultado/Conclusão: Percebemos que os estudantes indígenas ainda enfrentam situações difíceis, que são as relações coloniais e o sofrimento por elas gerado, e que é necessário quebrar paradigmas e construir possibilidades para romper o ciclo de violências ainda em curso.
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