Propõe-se nesta investigação-acção sob delineamento quasi-experimental, no domínio da psicologia, testar o formato do modelo relacional dialógico (Leal, 1981, 1985, 2001, 2004, 2007, 2010; Aires, 2001, 2003), e validar a hipótese da relação formato clínico e reorganização socioemocional/reaprendizagem escolar/desenvolvimento mental, em 16 crianças do 1º ciclo, com insucesso escolar repetido e Necessidades Educativas Especiais (NEE), sem descurar a área intelectual, sem defeito neurológico/sensorial conhecido, enquadráveis nas estruturas de personalidade da matriz vs classificação do DSM-IV-TR (2002), a saber: i) Psicose Afectiva (Perturbação Desintegrativa de Segunda Infância (DSM); ii) Psicopatia Imatura/Humilhação (Perturbação Oposição/Perturbação Comportamento (DSM); iii) Psicopatia com Hiperactividade (Perturbação de Hiperactividade com Défice Atenção (DSM). A análise de conteúdo e o tratamento estatístico dos instrumentos, elaborados para esta investigação, nos termos comparativos grupos Experimental (GE) / Controle (GC), instantes Inicial/Final de intervenção no GE, comprovam que tanto o formato dinâmico produziu modificações nas reacções desadaptadas, potenciando a aprendizagem da reorganização socioemocional e escolar, como a intervenção foi instrumental do desenvolvimento mental. Ademais, confirmam que na génese da incapacidade de aprender estão aspectos emocionais-relacionais disfuncionais de personalidade, e dificuldades na relação Eu-Cuidador. No geral, demonstram a resolução dos problemas reais das crianças, e as virtudes da mudança de paradigma na visão do desenvolvimento mental e da aprendizagem escolar.
Palavras-Chave: Eu; Relação; NEE; Desenvolvimento Mental; Dificuldades de Aprendizagem; Perturbação Socioemocional; «Mutualidade Contingente»; Consciência.
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